Promessa

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TODOS PELA EDUCAÇÃO - ALL FOR EDUCATION

GOVERNO ENTREGA QUASE 2 MIL NOTEBOOK PARA PROFESSORES


O adolescente Layan Sener Cavalcante da Silva, 10 anos, estudante da Escola Estadual de Augustinópolis, viveu neste domingo, 27, um dos momentos mais felizes de sua vida. Era para ser algo rotineiro, ele foi escolhido para ser o aluno que ia receber o uniforme escolar, de forma simbólica, em nome de todos os alunos da rede estadual de ensino de Augustinópolis, das mãos do governador Siqueira Campos, mas ele se emocionou tanto, que chorou e muito. Rayan disse que foi pego para emoção.

Em Augustinópolis, o Governo do Estado entregou mais 148 notebooks para professores durante solenidade realizada no domingo, 27, na Praça central da cidade. Com estes, são 1.943 notebooks entregues aos professores da rede estadual de ensino.

Para a diretora regional de ensino de Araguatins, Ulissevânia Sales da Silva, a ação na DRE representa um marco, porque ter um computador prático era um sonho dos professores que agora podem adiantar muitas tarefas escolares com mais comodidade em qualquer local. “Valorizar a educação é isso que está acontecendo, é oferecer condições de avançar tanto para o aluno como para o professor. É cuidar e educar”.

O governador Siqueira Campos falou da importância de trabalhar de forma integrada com todos os municípios. “Vamos construir estradas, investir em moradias, oferecer empregos para os moradores das regiões, vamos ter uma escola avançada tecnologicamente, que ofereça meios para o professor trabalhar e o aluno aprender”.

A professora de Ensino Religioso, da Escola Estadual de Augustinópolis, Alba Suanne Brito Rodrigues, frisou que os notebooks vão auxiliar e muito na elaboração das aulas. “Agora, com essa ferramenta que vai nos ajudar na agilidade de nossas tarefas, vamos ter mais tempo para se dedicar a nossa família e a nossa vida social e cultural”. Alba ressaltou que por meio da praticidade do notebook, será possível reduzir o excesso de papelada que o professor tem que dá conta, como diário, planejamento de aula, elaboração de provas, etc. (Com informações Seduc)

Estudo revela que 51% dos brasileiros acham que educação não melhorou

Redação SRZD | Nacional | 28/02/2011 11h39


Foto: Reprodução de InternetUm estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 48,7% da população brasileira acredita que a educação melhorou no país. Porém, do total de 2.773 entrevistados, 27,3% acham que a qualidade de ensino não sofreu alterações e 24,2% disse que o sistema piorou.

A pesquisa ainda mostrou que as opiniões foram diversificadas nas diferentes regiões do Brasil. No Sudeste, por exemplo, 36,1% das pessoas acham que a educação teve piora; já no Nordeste, apenas 14% têm a mesma opinião. No Centro-Oeste, onde foi registrado a maior taxa de respostas positivas, 62,9% acreditam que o sistema melhorou.

Segundo o Ipea, moradores das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, podem ter opinado positivamente devido ao maior investimento que receberam, já que é onde são encontrados os piores indicadores educacionais do Brasil.

A renda e a escolaridade dos participantes da pesquisa também representaram fatores de divergência de opiniões. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação apresentou piora. Já na opinião daqueles que abandonaram os estudos no fim do ensino fundamental, apenas 21,4% acreditam que a educação piorou no país.

O estudo ainda apontou que 34,2% dos que recebem entre 10 e 20 salários mínimos acham que o ensino está pior. Já entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, 19,3% têm a mesma opinião.

As mulheres e os homens também têm percepções distintas quanto a qualidade de ensino no Brasil. Segundo o Ipea, o nível de conhecimento delas sobre o tema foi cerca de 10% maior do que entre os homens, fato que pode ser explicado pela maior preocupação das mães com a vida escolar dos filhos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PAÍS CORRE O RISCO DE NÃO TER PROFESSORES PARA O ENSINO MÉDIO


Faculdades formam especialistas em áreas e não os capacitam a dar aulas. Queda no desemprego afasta docentes da profissão

24/02/2011
Compartilhar:
O ensino médio é, certamente, a etapa de ensino em que o trabalho do professor mais se distancia daquilo que seria o "ideal" como modelo pedagógico. Em geral, no ensino superior, os professores não são capacitados para dar aulas. Mesmo as licenciaturas, que têm como objetivo principal formar para a docência, ensinam as pessoas a serem biólogos, físicos, matemáticos, químicos, gramáticos, entre outras profissões.


Quando estes estudantes universitários viram professores do ensino médio, não possuem nenhuma idéia do que deve ser feito para preparar o aluno a seguir, com relativo sucesso, para o ensino superior. Apenas reproduzem o que aprenderam no ensino superior e o que era o seu ensino médio.

É muito difícil para o professor, mesmo aquele que se rebela contra a situação, seguir por outro caminho. Os conteúdos que estão nos livros escolares, nas apostilas das grandes redes de “deseducação” e nos programas dos vestibulares servem de estímulo para que a escola e a sociedade aceitem a situação de ensinar em suas salas de ensino médio o conteúdo que é necessário aos profissionais destas profissões.

Para o aluno, a situação é incômoda. Precisa, para ser entendido como um bom aluno, entender de conteúdos que são necessários para físicos, geógrafos, gramáticos, matemáticos, biólogos e outras tantas profissões. É importante notar que, na maior parte dos casos, professores de matemática não sabem a que período literário pertence a obra de Gregório de Matos. Professores de português não dominam os efeitos da radioatividade e da reflexão da luz. Professores de física não se lembram o que é um alelo recessivo. Os de biologia sentem dificuldade em compreender como, dobrando a medida de todos os lados de um cubo, chegamos a um objeto com o volume oito vezes maior que o primeiro.

Pois é assim. Cada professor é um especialista em uma matéria, ou área do conhecimento como gostam de dizer, e tem na cabeça um programa que faça de cada aluno um semi-especialista em sua área. O professor sabe pouco de outras áreas, mas acha completamente normal que o aluno tenha que acumular conteúdo de todas elas.

Quanto mais periférica a escola, a situação envolve mais agravantes. Um deles é a falta até mesmo de professores que passaram por uma formação acadêmica equivocada. Em boa parte das escolas temos professores adaptados. Na falta de um professor de história, coloca-se um bacharel em direito. Um matemático acumula as aulas de física. Um enfermeiro assume a cadeira de biologia. No ensino médio é onde mais encontramos esses desvios de função.

Como o ensino médio conta com alunos com um pouco mais de maturidade e independência, por serem mais velhos, existem mais salas que funcionam no período da noite do que no fundamental. Como os salários são baixos, o professor de ensino médio tem mais oportunidades de acumular, graças às aulas à noite, uma carga de trabalho maior.

Vários docentes desta etapa trabalham pela manhã, tarde e noite. Alguns ficam só nas salas de aula. Outros acumulam a função de professor com alguma outra. Para o professor de ensino médio sobra muito menos tempo para o descanso, para a atualização, para o preparo de aulas, para o lazer e para o ócio.

A falta de professores que estudaram para lecionar no ensino médio e atuam nas escolas deve aumentar nos próximos anos, com a consequente substituição por "adaptados", ou a simples vacância de aulas em algumas matérias.

Mesmo que a mudança de nossa pirâmide etária diminua a cada ano o número de alunos matriculados no ensino médio e que a evasão continue alta, a diminuição das taxas de desemprego faz com que cada vez mais pessoas abandonem a profissão.

Em algumas regiões do País, as taxas de desemprego para pessoas com nível superior estão bem próximas do que chamamos de situação de pleno emprego, que é quando a porcentagem de desempregados só representa a mobilidade das pessoas entre um emprego e outro. Professores ganham, em média, 60% a menos que profissionais com o mesmo tempo de estudo. É natural que muitos migrem para outras profissões e que evitem começar a carreira em sala de aula.

Mudar a situação exige um trabalho coordenado do governo. Somente salários melhores poderão atrair mais pessoas para a carreira. Se isso não acontecer, o Brasil corre o risco de simplesmente não ter pessoas dispostas a trabalhar nas salas de aula do ensino médio. Os currículos das licenciaturas precisam considerar que estes profissionais vão atuar na capacitação de alunos para seguir no ensino superior, e não para ser uma enciclopédia de conteúdos. E os currículos precisam ser redirecionados.

Basta da ditadura dos livros didáticos e dos sistemas de ensino. Este ensino, que finge ser educação, na verdade só possibilita o sucesso de uma minoria. A maioria passa por ele sem acumular nada em sua vida. Não é justo que organizemos uma escola que faz com que grande parte dos alunos sinta-se incapaz. Eles não são. A falta de uma função racional para o ensino médio e os erros nas políticas públicas relacionadas a ele fazem com alunos cheguem à idade adulta sem compreender textos, sem conseguir resolver problemas simples de matemática e com dificuldades para atuar de forma cidadã na sociedade.

MINISTRO FALA SOBRE AVANÇOS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO

Ministro fala sobre os avanços na área da educação
24/ Fevereiro 2011
Superamos a China, no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile e Luxemburgo, no segundo. Fruto de investimentos recordes em educação básica, essas conquistas não podem nos fazer esquecer dos avanços da educação superior, essenciais para a manutenção e desenvolvimento desse ciclo virtuoso.

1. Reuni: a expansão e interiorização das universidades federais dobrou o número de ingressantes entre 2003 e 2010, levando educação superior pública de qualidade para 126 cidades do interior do país.

O artigo da Constituição de 1988 (suprimido em 1996) que determinava a interiorização da oferta foi recuperado em sua essência, bem como a estratégia de transformar a educação superior num dos eixos de reordenação do território.

2.Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs): foram criados 38 IFs a partir de 140 unidades federais de educação profissional preexistentes (1909-2002) e a entrega de 214 novas (2003-2010), com projeto pedagógico inovador, que alia a oferta de ensino médio integrado a educação profissional, licenciaturas nas áreas de matemática e ciências da natureza e cursos superiores de tecnologia, firmando para estes padrão nacional de excelência acadêmica.

3.Universidade Aberta do Brasil: foram instalados 587 polos de apoio presencial para ensino à distância público de qualidade, sobretudo em cidades que não comportam um campus universitário, criando padrão de excelência nessa outra fronteira de expansão, com foco na formação de professores.

4.ProUni: foi regulamentado o artigo da Constituição que previa isenção fiscal para entidades que atuavam na educação superior, possibilitando o ingresso em cursos superiores pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de mais de 800 mil jovens da escola pública.

5. Novo Fies: as regras de financiamento estudantil foram radicalmente alteradas, com redução dos juros, aumento do prazo de carência e amortização, dispensa de fiador e perdão da dívida para professores da escola pública e médicos do SUS à razão de 1% por mês de exercício profissional.

6. Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior): A expansão da educação superior se dá agora pela observância de rígidos critérios de qualidade. As instituições ganham ou perdem autonomia de acordo com indicadores objetivos do Sinaes, podendo inclusive ser descredenciadas ou mesmo ter seus processos seletivos suspensos.

7.Novo Enem: a reformulação do exame segue seu caminho, possibilitando que instituições de ensino superior substituam seu anacrônico vestibular por um instrumento contemporâneo semelhante ao utilizado pelos mais modernos sistemas de ensino do mundo.

Dentre outras possibilidades, o novo Enem permite que, com seu boletim, o estudante possa, conhecendo previamente seu desempenho e a média do desempenho dos demais, escolher o curso e a instituição em que pretende estudar.

Todos esses projetos, pela escala monumental, enfrentam algumas dificuldades. Mas o resultado é que, em dez anos, a matrícula no ensino superior teve aumento de 151% e o número de formandos cresceu 195%! Com o aperfeiçoamento desses instrumentos, podemos criar na próxima década uma verdadeira banda larga de acesso à educação superior.

 Fernando Haddad é advogado, mestre em economia, doutor em filosofia, é ministro da Educação

MEC DIVULGA REGRAS PARA LISTA DE ESPERA DO ProUni

Inscrições serão encerradas às 23h59 desta quinta-feira

O MEC (Ministério da Educação) divulgou ontem (23) a relação de regras para os candidatos que entrarão para a lista de espera do ProUni. As inscrições serão encerradas hoje (24) e os candidatos que não forem pré-aprovados podem aguardar por vagas remanescentes.

Faça aqui a sua inscrição.

De acordo com o decreto, publicado no Diário da União nesta quinta-feira, todos os candidatos que não forem pré-selecionados nesta segunda etapa de inscrições - a primeira ocorreu em janeiro - entrarão para a lista de espera.

A classificação será feita considerando a primeira opção de curso do estudante. Caso a turma em que o candidato foi aprovado não se forme (por falta de alunos ou por qualquer outro motivo), ele será transferido automaticamente para sua opção seguinte.

As universidades poderão acessar a relação de nomes a partir do dia 21 de março, no próprio sistema do ProUni. A partir desta data, as faculdades terão até o dia 31 para enviar o registro de aprovação ou reprovação dos candidatos no ProUni.

O candidato convocado deve verificar, junto à instituição em que foi aprovado, o local e o horário em que deve efetuar a confirmação das informações da ficha de inscrição.

Mais informações na página do ProUni na internet.