Promessa

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Programa incentivará a formação técnica

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Revitalizar o ensino médio brasileiro e minimizar o gargalo da mão de obra qualificada para postos de trabalho. Esses são alguns dos desafios que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) espera vencer após sua implementação.

O programa foi aprovado na última quarta-feira (31), no Plenário da Câmara e seguiu para análise do Senado. O Pronatec pretende aumentar a oferta de cursos profissionalizantes e de qualificação. “Existem 7 milhões de jovens cursando o ensino médio brasileiro e 10% apenas fazem um curso técnico. A economia crescente exige trabalhadores qualificados no mercado e parte do contingente que está saindo do ensino médio não tem habilidade profissional”, avaliou o deputado federal Antônio Carlos Biff, membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal (CEC) e relator do Pronatec.

OPORTUNIDADE

O Pronatec foi apresentado e discutido ontem com os paraenses durante um encontro realizado na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Estudantes de escolas públicas de Belém e professores participaram do evento. Leda Paes, estudante do 1º ano do ensino médio, já faz um curso técnico concomitante aos estudos. “Faço o curso técnico de enfermagem e me sinto mais preparada para o mercado. Acho que essa será uma boa oportunidade para os alunos”, disse.

Os estudantes de ensino médio da rede pública de ensino, beneficiários de programas sociais e trabalhadores (incluindo agricultores, índios, quilombolas, extrativistas) são o público–alvo do programa. As ofertas de bolsas também estão previstas no Pronatec. “Nossa meta é, nos próximos quatro anos, capacitar 8 milhões de jovens e trabalhadores”, afirmou o deputado.

Todos os estados da federação devem ser contemplados com as vagas, que serão ofertadas em escolas técnicas profissionais estaduais e federais e nos cursos no “Sistema S” (Sesi, Senai, Sesc e Senac). A ampliação do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e vagas no ensino a distância (pelo E-Tec) também devem ser disponibilizadas. Na última quarta-feira foi aprovada uma emenda que destina 30% das vagas para as regiões Norte e Nordeste”, explicou o deputado federal Claudio Puty, presidente da Comissão de Tributação e Finanças da Câmara Federal (CFT).

A oferta de qualificação seria uma alternativa para formar profissionais aptos a suprir as exigências do mercado de trabalho. “Temos uma população universitária reduzida e o Pronatec seria uma alternativa de complementar a educação do ensino médio. No Pará, parte da mão de obra vem de outros estados para preencher as vagas”, disse Puty.

Os cursos também deverão explorar as potencialidades de cada região, segundo a comissão. “Os cursos serão dirigidos de acordo com o mercado de trabalho do local, adequado às necessidades locais”, afirmou Biff. (Diário do Pará)

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